O Boletim do Observatório da Covid-19 da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (21) é referente a semana dos dias 10 a 16 de outubro e mostrou uma queda acentuada na transmissão do vírus Sars-Cov-2 em quase todos os estados brasileiros.

Os dados levam em conta a taxa de transmissão e a ocupação dos leitos de UTI exclusivos para pacientes adultos da Covid-19.

No caso dos leitos, excetuando o Distrito Federal, que está na zona de alerta crítico (80%) e o Espírito Santo na zona de alerta intermediário (71%), os demais vinte e cinco estados estão fora da zona de alerta.

No Paraná, por exemplo, a taxa de ocupação dos leitos estava, na semana pesquisada, em 41%.

Já em relação as capitais brasileiras, Curitiba também está fora da zona de alerta, com ocupação de 42% dos leitos exclusivos para Covid-19.

No entanto, o levantamento faz uma ressalva em relação a falhas no fluxo de informações de dados pelo e-SUS e Sivep-Gripe, mantidos pelo Governo Federal que sofrem com oscilações na disponibilização de registros de casos e mortes causadas pela doença em todo o país.

Por outro lado, os pesquisadores da Fiocruz apontam que a campanha de vacinação está atingindo um dos seus principais objetivos, qual seja, a redução do impacto da doença, produzindo menos mortes e casos graves, no entanto, sem o bloqueio da transmissão da doença.

Além disso, a evolução do número de óbitos mostra que houve uma redução da mortalidade a partir de abril de 2021 e que essa tendência se intensificou nos meses seguintes, com a consolidação da campanha de vacinação a partir de maio, quando se completaram as segundas doses de vacina, principalmente em grupos mais vulneráveis, como idosos e portadores de doenças crônicas.

Os pesquisadores ressaltam que a manutenção do atual patamar de transmissão não permite afirmar que a pandemia está definitivamente controlada e que a impressão de que já vencemos a pandemia é enganosa, sendo fundamental, nesse momento, continuar vigilante em relação à Covid-19.

Ainda segundo os pesquisadores, a flexibilização de medidas que protegem contra a transmissão do vírus deve ser adotada de forma cautelosa, paulatina e acompanhada de medidas de vigilância, para identificar rapidamente novos casos e seus contatos.

A recomendação é de que, enquanto caminhamos para um patamar ideal de cobertura vacinal, medidas de distanciamento físico, uso de máscaras e higienização das mãos sejam mantidas e que a realização de atividades que representem maior concentração e aglomeração de pessoas só sejam realizadas com comprovante de vacinação.

Fonte: Por William Bittar / Sexta-Feira, 22/10/2021, 8h01 / CBN CURITIBA